Adbox

Sistema penitenciário brasileiro, fábrica de bandidos em potencial

presos O Brasil tem um dos sistemas penitenciários mais precários do mundo ele ocupa o 6º lugar no ranking dos países mais violentos do mundo (atrás apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala, Ilhas Virgens (EUA) e Venezuela), de acordo com os dados divulgados no Mapa da Violência 2010. Vivemos no Brasil uma guerra civil de todos contra todos. Como já é de costume, os brasileiros hoje em dia já não se aterrorizam tanto com os novos casos de violência no Brasil que são notícias frequentes nos noticiários, nos jornais, nas revistas, nos rádios na internet. Todos os meios de comunicação todos os dias tem a difícil missão de divulgar mais alguns números da enorme estatística de violência no país. Brasil é visto como o país da violência, a economia deixa de crescer devido ao descaso dos políticos quanto a este assunto tão sério. Os tipos violências são variados, tem a violência no trânsito, doméstica, infantil, urbana (sequestro, assalto, homicídio), mas todas elas sempre levam para um único caminho, a morte de mais um brasileiro que vai parar nos números de arquivo do governo. Isso se dá pela falta de infraestrutura no sistema prisional e a falta de compromisso do poder publico com a segurança. Temos um país onde pessoas defendem que cadeia é lugar de tortura e humilhação e não de resocialização como deveria funcionar, no Brasil a cada dez presos oito quando são libertos praticam novos crimes, isso se dá pela falta de eficiência do sistema prisional e pela superlotação das cadeias e presídios em todo país, locais onde deveriam ser usados para reeducarem os detentos com projetos educativos de profissionalização, espaços religiosos, momentos de conscientização para que os que cometeram delitos sejam novamente inseridos na sociedade de forma que não venham praticar novos crimes, porém os espaços denominados prisões são locais de tortura onde os detentos vivem em forma desumana às vezes até pior do que vivia fora da prisão. As prisões e penitenciárias  brasileiras são verdadeiros depósitos humanos, onde homens e mulheres são deixados aos montes sem o mínimo de dignidade como seres humanos que são. O  excesso de lotação dos presídios, penitenciarias e até mesmo distritos policiais também contribuem para agravar a questão do sistema penitenciário. Locais  que foram projetados para acomodar 250 presos amontoam-se em média 600 ou mais presos, acarretando essa superlotação, o aparecimento de doenças graves e outras mazelas, no meio dos detentos. Hoje no Brasil o tráfico é comandado de dentro das unidades prisionais locais onde deveriam resocializar, ou seja, reestruturar o cidadão que praticou algum tipo de delito para que ele possa participar novamente no meio social sem trazer danos a ninguém, vivendo em plena comunhão com os direitos e deveres como todo cidadão normal. A taxa brasileira é de 24,5 homicídios dolosos (por grupo de 100 mil habitantes). O Brasil, dessa forma, com mais de 10 homicídios por 100 mil habitantes, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), está no nível de violência epidêmica. Para combater essa tragédia nacional a população assustada e irada, a mídia dramatizante e o legislador impotente só pensam em mais leis e mais rigor penal. Isso, no entanto, não passa de um placebo (remédio inócuo), porque nossa guerra civil continua ostentando níveis epidêmicos de violência. As drogas e as armas são outros fatores determinantes no problema do sistema penitenciários brasileiro. Temos visto e ouvido nos noticiários, o grande número de armas e a grande quantidade de drogas que são apreendidos diariamente nos presídios. Impera dentro das prisões a lei do mais forte, ou seja, quem tem força ou poder subordina os mais fracos. Vemos também como as gangues estão controlando o crime de dentro dos presídios  através de aparelhos telefônicos, de mensagens levadas pelos próprios parentes e ou visitas dos presos.   A solução para o problema exige medidas mais profundas que combatam a desigualdade social e econômica assim como as maléficas causas da impunidade. Faz-se necessário que o sistema penitenciário seja repensado para a realidade do Brasil, desobstruindo os presídios com superlotação criando centros de reabilitação para dependentes químicos, contratando mais profissionais e qualificando-os. Para que assim os espaços prisionais deixem de serem porões de tortura para serem espaços educativos e de resocialização de pessoas. O caso é grave e urgente, precisamos ser reconhecidos pelo mundo afora pela forma positiva de lidar com os problemas, pelas belezas, pela economia crescente e não apenas pelas pessoas que morrem diariamente, não podemos ser omissos nem submissos e deixar que atitudes muitas vezes impensadas pintem uma mancha vermelha na bandeira e na história do Brasil.

Sãnnchyllys Oliveira

Share on Google Plus

About Sanchilis Oliveira

0 comentários:

Postar um comentário